quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Prevenir é a palavra chave para a Rede de Vizinhos Protegidos

Qualquer pessoa pode participar e a intenção é expandir ainda mais a rede que já alcança 43 bairros em toda cidade


A Rede de Vizinhos Protegidos é um agrupamento de integrantes da sociedade civil, voluntários na participação de uma rede de proteção e prevenção com objetivo de contribuir para a segurança pública. De iniciativa da Polícia Militar de Minas Gerais, o projeto foi abraçado pela comunidade divinopolitana e já abrange 43 bairros, em 50 redes que somam cerca de 2500 famílias envolvidas, segundo dados da Associação Comunitária para Assuntos de Segurança Pública.

A estratégia, na verdade, não é nova. É um resgate aos antigos costumes de estender para a casa do vizinho o cuidado que cada um tem com a própria casa, além de estreitar o relacionamento entre eles. “Eu participo da rede”, afirma o presidente da Acasp José Vitor Batista de Freitas. “Eu participo de um laço da rede com seis casas. A minha atuação é a de é olhar a casa dos meus vizinhos, avisar quando estou indo viajar, varrer a porta da casa deles para ninguém perceber que está vazia, cuidar das casas deles”, explica.

Além desses procedimentos simples e corriqueiros, cada família integrante da rede recebe um apito. Ao perceber qualquer movimentação fora do normal na rua ou nas casas ao lado, o integrante deve apitar e sair de casa. Ação que precisa ser repetida pelos demais vizinhos.

“A rede resgata tudo aquilo que nós buscávamos na segurança pública. Sobretudo a informação, o conhecimento, para que sejam evitadas essas criminalidades que a gente vê acontecendo”, afirma o vice-presidente da Acasp, José Levi da Silva Lucas.

Para ele, a ação antecipada é crucial no combate ao crime. “Nas redes, as pessoas

que participam notam que agir antes evita o problema. E é muito melhor [prevenir] porque evita traumas, consequências danosas”, considera.
“Hoje já é comprovado que [a rede] é uma ferramenta eficaz de auxílio à segurança”, concorda José Vitor. Ambos afirmam que a rede tem procurado fazer um trabalho de prevenção, agindo de maneira antecipada e pró-ativa. Evitar o registro de boletins de ocorrência é considerado um dos grandes ganhos da rede, porque significa que, em virtude da ação coordenada dos integrantes, o incidente não aconteceu.

Para participar, o interessado deve manifestar a vontade durante uma reunião da Acasp, que é realizada semanalmente, todas as quartas-feiras na rua Minas Gerais, 900, a partir das sete e meia da manhã. José Levi ressalta que a intenção é mobilizar toda Divinópolis de forma preventiva para contribuir com a segurança pública na cidade. “Segurança pública não se faz só com ações das forças de segurança, como a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Polícia civil, mas sim com a sociedade participando e fazendo a parte dela”, assegura.

Sexta-feira, 18 de outubro de 2013 às 5h 19 - Por: Simião Castro

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