terça-feira, 14 de maio de 2013

Rede de Vizinhos Protegidos: PM e moradores unidos contra a criminalidade

Nilson mostra a placa de identificação
da Rede de Vizinhos Protegidos
Uma nova ferramenta de combate à criminalidade foi implantada em Itabira no ano passado, especificamente no bairro 14 de Fevereiro (região central). Chamado de Rede de Vizinhos Protegidos, o sistema conta com um importante aspecto para dar certo: a parceria entre a Polícia Militar e a comunidade. A rede é um programa que consiste no monitoramento dos próprios moradores. Na existência de qualquer movimento suspeito, os vizinhos se comunicam e fazem apitaço.

A Polícia Militar, constantemente, faz o rastreamento da região através das rondas com viaturas, motos ou bicicletas. Reuniões são promovidas com os moradores e visitas da PM às casas são feitas para prestar orientações quanto à segurança.

O presidente da Associação do Bairro 14 de Fevereiro, Nilson Pereira Cunha, o Japão, afirma que a credibilidade do bairro ao acionar a polícia é bem maior, pois existe uma relação de parceria com a corporação. “Um vizinho olha o outro, eles ficam mais atentos. Em situações diferentes, o vizinho avisa sobre algum movimento estranho. Temos parceria com a PM, que prontamente nos atende”, informa Nilson.

Ele ainda disse que o único investimento dos moradores foi com a aquisição

da placa de identificação, que não passou de R$15, e do apito, que todos utilizam na ocorrência de algo suspeito. “Um vizinho apita, depois outro e acaba acontecendo um apitaço, amedrontando o bandido. E ainda a polícia é acionada”, disse o presidente.

Nilson conta que em Belo Horizonte, onde já existe o programa, um cidadão viu um assalto na casa do vizinho, no entanto, por medo ele se isolou. “Temos que ter esse vínculo com os vizinhos, pois é um problema de todos. Se o bandido que chega para assaltar uma casa e não acha o que quer, ele vai buscar em outra; é, sim, um problema de todos”, reafirmou.

Para o presidente, a iniciativa do programa foi um ganho para os moradores. Ele ainda convida outros bairros a adotar a rede, pois isso facilita o trabalho do Poder Publico, onde se leva ao prefeito uma solução para que ele tome a direção.

De acordo com Nilson, falta divulgação. “Gostaríamos que a população se interessasse nesse projeto, pois já se vê os resultados a curto e a longo prazo. Caso alguma associação tenha interesse, podemos orientá-los”, encerrou o presidente do bairro.

Primeiro bairro

O processo de adesão ocorreu ainda em 2009, através da iniciativa do capitão Eleotério e do sargento Flaviano, que também é residente do bairro. Cartas foram deixadas nas casas e os moradores eram convidados a participar da reunião para apresentação do programa. A comunidade participou em peso do encontro. Por meio de cadastro, os moradores preencheram um formulário constando dados pessoais, placa do carro ou moto e telefones de contato. O formulário foi entregue à Polícia (os dados facilitam na localização do veiculo em caso de roubo, por exemplo).


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